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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Orange River

Os Alemães tinham marcado duas noites no Fish River Canyon, mas após termos passeado e visitado o canyon pouco mais havia a fazer, ainda mais que onde nos hospedámos era a mais de 20km, aliás o parque mais próximo ficava a 10 km do canyon...

Decidiram ir até Norotshama, fica em Aussenkehr, a 50 km da fronteira com a África do Sul, ficava no meu caminho, voltei a viajar com eles e pensei, que agradável seria ficar uns dia num local calmo.

Quando estávamos a chegar avistámos o rio, as vinhas... e as cabanas, são estas as condições dos trabalhadores, no entanto quando apanhei uma boleia com o filho do dono, disse-me que todos eles estão a construir casas nas suas cidades, a maioria provém do norte e ficam aqui apenas alguns meses do ano.... Não são habitações mt diferentes do que tenho visto no resto do país, infelizmente...

No entanto, visitámos o local onde começaram a construir as novas casas, espero que todos tenham um novo local com o mínimo de condições.


Claro que a contrariar com aquela paisagem temos o acampamento onde ficámos, até na tenda tinha internet e consegui pela primeira vez ver um video no youtube... No acampamento, a realidade é mt diferente assim como o filho do dono que apesar de ter 18 anos confessou-me o quanto adora a Tailândia e é o seu destino favorito...


Conheci um casal de Sul Africanos que me ensinaram a pescar, ou melhor a lançar a cana, porque peixe nem vê-lo.

Os Sul Africanos por estas bandas estão nas férias forçadas, ao que parece, todos eles trabalham na indústria do petróleo ao largo de Angola e para não pagarem impostos, precisam de permanecer, mais de 186 dias fora do país, assim alguns terminam os últimos dias do ano fiscal (Março14-Feveiro15) na margem do rio, calmamente a pescar e a pensar nos milhares de dólares que vão poupar apenas estando aqui!!



E foi quando regressei de um passeio com o filho do dono que conheci outros 2 sul Africanos de "férias" por aqui. Estavam acampados mais próximo da fronteira e eram ambos da cidade do cabo, juntei-me a eles, porque aquele acampamento sem internet :( era bem mais barato, quase metade do que estava a pagar....conheci o sonho do mundo online a abandonei-o, mas por uma excelente causa. 

E que divertidos aqueles dois me saíram. Visitámos um pequeno Canyon, os Petróglifos, nadámos no rio, pescámos e fizemos barbecues ao final da tarde...conclusão pensei que ia ter tempo para ler bastante, mas acabei a conversar e a passear ou simplesmente a contemplar a outra margem, África do Sul, o próximo destino...











domingo, 22 de fevereiro de 2015

Fish River Canyon

É o 2º maior do mundo...  Outro dos locais que assim que ouvimos falar temos mesmo de conhecer...

Felizmente consegui uma boleia com um casal Alemão e fomos juntos visitar o canyon, já tinham estado no Grand Canyon, mesmo assim ficaram impressionados e maravilhados... eu fiquei simplesmente extasiada e triste, porque bem queria fazer a caminhada de 80km, mas a temperatura nesta altura do ano não o permite e por razões de segurança não deixam ninguém entrar, parece que vou ter de regressar....







Além de visitar o Canyon seguimos até Ais Ais, onde tem águas termais, a tabuleta identificava mais de 65ºC na água... Hum.. estão quase 40ºC cá fora, quase não sentiria a diferença, mesmo assim fica para quando fizer o canyon, uma vez  que o percurso termina aqui, talvez nessa altura utilize a água para um tratamento termal, mas com água fresca à mistura....



sábado, 21 de fevereiro de 2015

Quiver Tree

Comecei por ver em postais, e esta árvore deixou-me maravilhada. Não sei bem o que tem, mas gosto de a ver,no entanto apenas a vislumbrei algumas vezes no caminho para Sossusvlei.... Sempre pensei que iria avistar mais e me poderia aproximar para a tocar, mas acabou por não acontecer, assim sendo forcei o encontro e fui passar uma noite num acampamento chamado QuiverTree Forest e finalmente consegui agarrá-la...




A viagem começou atribulada, deixei-me dormir em Luderitz e não percebi quando me disseram que talvez fosse mt tarde para sair da cidade.... Um camionista a quem pedi boleia recusou-se inicialmente, mas após me ver abordar sem sucesso outras pessoas, voltou a chamar-me.. já levava um passageiro e a minha bagagem exige bastante espaço... disse-me: vamos lá ver a bagageira.. percebi a sua preocupação, pois tinha transportado carne até à cidade e está de volta a Keepmanshoop onde eu queria parar... mas o sangue já estava seco e atirei a mala sem pestanejar, depois logo a lavo... Nesse dia, estava tentada a apanhar boleia até ao Fish River Canyon, mas qd me mostrou o cruzamento onde devia esperar resolvi que a QuiverTree Forest fazia mt mais sentido e felizmente os acontecimentos acabaram por ser bastante felizes... mas antes disso...

No acampamento além de inúmeros cães, existiam tb 5 chetas de estimação.. Não gosto de Zoos ou animais presos, mas quando o dono me indicou que estes bicharocos podem matar numa noite mais de 100 ovelhas, temos de perceber que para sua protecção têm de estar isolados dos humanos... Na quinta são uma espécie de gatos em ponto grande, onde foram capturados jamais teriam sobrevivido mt tempo, eles e o rebanho de alguns pastores....




Por outro lado esta paragem permitiu também fazer as primeiras fotos do pôr do sol, sem temer que a minha máquina fosse parar a outras mãos.... 



Por fim este desvio levou-me a conhecer uma casal de alemães super simpáticos que me levaram até ao destino inicialmente pretendido, o Fish River Canyon....

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Luderitz

Quando regressamos da nossa aventura com o polo, seguimos ambos para Windhoek, o Ralf seguiu para Cape Town e eu aguardei pelo próxima manhã para rumar ao sul até Luderitz.

Cheguei à estação por voltas das 9h, mas apenas às 14h30min partimos para uma viagem de quase 10 horas, escusado será dizer que apenas por volta das 24h cheguei, onde iria ficar em Couchsurfing com duas jovens britânicas.

Tiveram super paciência para esperar por mim e por lá fiquei durante 3 dias.

Luderitz é a terceira cidade costeira da Namíbia e onde termina o deserto do Namib e se inicia a costa dos diamantes. A sul é proibido passearmo-nos ou visitar, pois temos a exploração de diamantes.

A cidade permanece com uma arquitetura germânica e com necessidade de criarem um porto em África no iníciodo séc XX os Alemães decidiram tomar esta terra e formar aqui o seu porto.





Entretanto, diamantes foram descobertos e bem próximo foi criada umas cidade, Kolmanskop, com apenas o propósito de  servir de base a todos os trabalhadores (cerca de 800), mais os habitantes (350,com aproximadamente 50 crianças). 

Foi criado um escola, hospital, casino, padaria, talho, etc, tudo que seja necessário para entreter os sr que enriqueciam com a exploração mineira. 

No entanto, os arredores adormeceram e a exploração continuou na área restrita no sul e a cidade foi simplesmente abandonada. Como a cidade está próximo das dunas, a areia entrou nas instalações, permanecendo apenas as suas ruínas e a alcunha de cidade fantasma.





A 20 km de distância da cidade, temos um Padrão Português da era dos descobrimentos. Bartolomeu Dias antes de contornar o cabo da boa esperança, parou neste lugar, tendo regressado e colocado o padrão nacional no regresso 




domingo, 15 de fevereiro de 2015

Spitzkoppe

Quando saimos da Petrified Forest já passava da hora de almoço, ainda sem nada no estômago e com mais de 300km para realizarmos, começámos a pensar que teríamos uma repetição e não chegaríamos a Spitzoppe antes do pôr do sol....

E assim foi, no entanto a sorte esteve do nosso lado desta vez.  Perdidos na noite escura, quando chegámos à entrada do parque, um rapaz veio perguntar o que queríamos e explicou-nos que o acampamento era mesmo ali, no interior do parque...

Não vimos o pôr do sol, mas acordamos a tempo de o ver nascer, no entanto para isso tivemos de subir às rochas que estavam junto ao nosso acampamento... Subimos rapidamente e no topo percebemos que a rocha que tínhamos subido não era a mais alta e que teriámos  de descer tudo novamente para chegarmos à rocha da frente... acabei por desisti e ver de uma rochinha pequenina, mas mesmo assim suficiente, porque o sol quando nasce já emite radiação suficiente para tudo estar iluminado e acaba por não ser a mesma magia a vê-lo aparecer e mostrar os primeiros raios de luz...










Ainda passeamos de carro pelo parque até que decidimos que estavamos mesmo no limite para entregar a viatura a tempo e ainda lhe dar uma lavagem básica para tirar os kgs de terra que tinha, ainda da estrada de Cape Cross....