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terça-feira, 31 de março de 2015

Drakensberg

Passei 2 dias no Drakensberg (montanhas do dragão), na sua zona norte. Ambos os dias caminhei em busca da cascata Tugela (palavra Zulu para longo), considerada a maior de África e em algumas teorias, a maior do mundo.... São 948m, mas para mim, muito difícil de os imaginar, porque o tempo não foi muito simpático e mesmo a um metro do precipício pouco conseguia ver. Aliás procurei na internet, e também nunca as conseguimos visualizar na sua totalidade, talvez por isso a Angel Fall na Venezuela tenha outro impacto...


Mas, mesmo sem visualizar a grandiosidade da cascata, os vales, o terreno, vale bastante a pena e também este desafio... Foi um marco muito importante. O ponto mais alto que alguma vez tinha estado foi no Pico, nos Açores e aqui alcancei pela primeira vez os 3000 de altitude!!!





Portanto, foi um desafio superado, um marco alcançado e uma enorme vontade de explorar estes vales e a vista maravilhosa quando as nuvens o permitem :D

Após o primeiro dia a caminhar voltei a aproximar-me da cascata...





..desta vez por baixo e também não visualizei muito, apenas um curso de água a cair à distância, que mal se vê nesta foto, mas a magicalidade da montanha e a sua imponência seguirão para sempre comigo....


terça-feira, 24 de março de 2015

Durban

Depois dos momentos muito descontraídos no Bulungula rumei a Durban, uma cidade com quase 3,5 milhões de pessoas... do relax para o caos.... de um hostel sem internet, com eletricidade solar e pouca rede móvel para uma rua de bares, wireless e um party hostel....

Durban tem a maior comunidade de indianos fora da India...


...e o maior porto de África, portanto não me espantou que fosse preferencialmente uma cidade de comérico, apenas não estava a espera da proporção... maior que qualquer cidade que conheço, como Londres ou Nova Iorque, chega a ter ruas apenas de um sentido com 9 faixas, com 2 para estacionamento e as restantes para a circulação automóvel... mas atenção não estou a mencionar os acessos da cidade estou a falar do centro centro, onde passeamos pelas lojas das últimas modas e ao mesmo tempo temos ossos e peles de animais para venda, para segundo a tradição Zulu ajudar o homem na satisfação da sua sra...

Deixei as tribos Xhosa e aqui encontramos os Zulu, a maior tribo da África do Sul. Aliás a esta zona chama-se KwaZulu-Natal.  ZwaZulu a terra dos Zulu e Natal nomeada pelo Vasco da Gama quando aqui atracou no dia 25 de Dezembro..

Parei numa das praças para ouvir música ao vivo, tentei resistir mas tirei a câmara e fiz umas fotos, depois pensei, caso alguém tenha reparado em mim o melhor será mudar de lugar e tentar passar despercebida na multidãoo, mas só depois verifiquei que era a única branca, com uma t-shirt cinzenta clara e para onde me movesse seria o ponto branco no pano escuro e facilmente detetada....


No entanto, apesar da maior confusão que alguma vez vi num centro, sobrevivi ilesa... Ao final do dia rumei à praia, mais uma cidade com um enorme calçadão, com muita agitação e só aí validei, que aqui, também moram branquelas....







Bulungula

 





Fiquei num hostel que é gerido por uma comunidade Xhosa, na chamada Wild Coast.

A língua Xhosa é complicada por utiliza além de letras, cliques, portanto entre as letras ouve-se sons, dentro de uma mesma palavra... Isso exige treino e ritmo..para mim é complicado, mas lá fui tentando e nem por isso conseguindo...

Este é também a tribo a que pertencia Nelson Mandela e bem próximo da estrada vimos a sua casa, uma casa muito desenvolvida quando comparada com as outras e com muita segurança....

Fiquei 3 dias e 4 noites e para mim foi uma experiência fantástica, simplesmente andei, tentei comunicar com as pessoas, muitas não falam inglês, as crianças também não, na escola aprendem em Xhosa, só mais tarde aprendem o inglês, passei momentos, simplesmente a apanhar sol sentada ao lado de famílias e de crianças, curiosas comigo...

Vivi várias experiências, partilho a que na qual fiquei cerca de 2 horas a ver: primeiro a mãe e no dia seguinte as filhas, a construir tijolos para a sua casa. Pensei em ajudar, mas o cocó de vaca afastou-me... é com ele que forram a forma, como quando se passa manteiga na forma do bolo, depois usam água e terra, preenchem a forma, e por cima mais cocó de vaca, retiram a forma e deixam a secar, depois de um mês estará pronto para ser usado.... assim, constroem as suas habitações redondas, com cerca de 2000 tijolos... Na sociedade Xhosa é responsabilidade da mulher fazer os tijolos, depois o homem constrói a casa...

Para se protegerem do sol nesta e noutras árduas tarefas, usam umas pedras, desfazem-nas e colocam na cara .. protetor solar 100% orgânico...no meu caso pouco se notou a diferença na cara, agora nas suas faces negras, sobressai e faz realçar as suas expressões....

Nas viagens temos momentos mais marcantes que outros e este sem dúvida foi o meu momento na África do Sul.....








sexta-feira, 20 de março de 2015

Port Elizabeth

Quando chegámos a Port Elizabeth escolhemos o hostel  onde a Sandra ficaria a sua última noite e eu... bem dependeria de mim...O primeiro que encontrámos era super simpático mas também estava cheio. Percorremos uma rua onde existiam vários hosteis, cada um mais sinistro que o outro e acabamos num hostel mais longe do centro, mas bem mais aceitável...

Por um lado tenho um certo receio desta cidade, afinal tantas coisas más oiço da África do Sul e apenas viajei sozinha em Cape Town... Aqui estava de novo por minha conta e a primeiro impressão não foi nada simpática, uma cidade muito escura, cidade portuária....mas a prova que a primeira impressão nem sempre é a mais correta é Port Elizabeth!!


No dia seguinte depois de deixar a Sandra no aeroporto regressei ao hostel e viajei com mais dois rapazes nos táxis locais para o centro da cidade.. éramos basicamente os únicos brancos na rua, eu, um alemão e outro Sul Africano... após visitarmos o museu seguimos para ver a bandeira....uma bandeira sul Africana enorme, junto temos uma parte da rota 67, onde diversas peças de arte estão expostas por toda a cidade, demonstram a luta contra o apartheid e o caminho para a liberdade.... além de tudo isso estava a decorrer um concerto de jazz e ficamos calmamente a ouvir música e a petiscar.... tenho de regressar a  este centro, pensei... e assim foi no dia seguinte voltei ao táxi, sozinha, percorri todas as ruas, com a minha câmara na mão... andei pelo calçadão até ao hostel e não podia ter sido uma caminhada mais pacífica e maravilhosa... quer dizer, já não havia  o jazz, nem o  mesmo sol, nem a bandeia L










quarta-feira, 18 de março de 2015

Addo Elephant Park

Depois do Etosha este seria o 2º parque  que visito, onde podemos avistar os “Big Five”. De todos, apenas avistei um elefante velhote, no Etosha, chamando-se este Addo Elephant Park as minhas expectativas estavam elevadíssimas, para ver estes grandes mamíferos....

Chegámos ao parque faltava pouco mais de uma hora para fechar, mas como boas tugas pensámos: ainda temos muito tempo... Foi aí que tivemos o primeiro, de variadíssimos encontros, com o Pumba :D ...que elegante, vaidoso e vistoso é este bicharoco.... 



Depois perdémo-nos de amores com o besouro , este bicho alimenta-se do cocó do elefante e existem bastantes placas a indicar que não devemos pisar as fezes dos paquidermes, porque podemos estar a matar este pequeno. Mas que esforço, para empurrar a bola de caca para não sei onde, porque apesar de termos passado bastante tempo a observá-lo, na maioria do tempo estava a tentar equilibrar-se em cima da bola,  muito mais que a movê-la. Quando a move aliás, fá-lo com a cabeça para baixo e patinhas para o alto, com a cabeça ganha balanço para empurrar (a cabeça é a parte mais pequeno do seu corpo)....


.....e nada de elefantes.... fomos as últimas a sair do parque e felizmente vinha um ranger atrás de nós, porque as portas já estavam fechadas :S

Ao jantar toda a gente contemplava os inúmeros elefantes que tinham avistado... e eu nada.... estava a sentir-me sem sorte, mas no dia seguinte tudo mudou, avistamos tantos elefantes que para nós já era comum passar por um.. e lá tentámos como numa estrada normal nós à direita e ele em sentido contrário.... percebi que somos mesmo turistas tontas, pois o animal já se preparava para levantar a tromba e dar uma beijoka à Sandra, felizmente não congelei no momento e acelerei deixando-o para trás... aliás, não satisfeitas tentámos o mesmo com um buffalo... conheci um guia, dias mais tarde, que me disse, que era a turista mais idiota que ele conhecia.... mas afinal foi também connosco que um dos elefantes a caminhar no meio da estrada se deslocou mais para a esquerda para nos deixar passar... afinal eles também estão a aprender  estes truques da estrada.....




mas não são os únicos.....